Alimento poético
No silêncio do meu ser
Alimento-me das palavras
Mastigo cada letra
Mordo as frases
Sem respeitar as pontuações
Deixando nos vãos dos dentes
Os pontos e as vírgulas
Brigando com a língua
Vou até o íntimo
Na raiz da palavra
Vasculhando cada fonema
Rasgo os verbos nas juntas
Sem explorar o tutano
Só os nervos das rimas
Do versar que me inspira
Da poesia que consome