Alimento poético

No silêncio do meu ser

Alimento-me das palavras

Mastigo cada letra

Mordo as frases

Sem respeitar as pontuações

Deixando nos vãos dos dentes

Os pontos e as vírgulas

Brigando com a língua

Vou até o íntimo

Na raiz da palavra

Vasculhando cada fonema

Rasgo os verbos nas juntas

Sem explorar o tutano

Só os nervos das rimas

Do versar que me inspira

Da poesia que consome

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 30/05/2022
Código do texto: T7526883
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