do poeta, a raíz e o tempero / 11

geme a chuva na vidraça do olhar,

sacudo a saudade no corpo...

em mil cavalgadas salto o receio,

os caminhos do infinito...

nesses passeios nómadas

onde os sons estrelam silêncios,

dou corpo à voz na voz do corpo...

geme a chuva na vidraça do olhar,

dou o corpo num só corpo,

fundo o leito no leito do cansaço,

adormeço...