A cor das nuvens / Paris que me queima

A cor das nuvens.

Tudo está maravilhoso como o voar dos pássaros.

Cheiro de pureza no ar,

E você aqui a reclamar das flores que não colheu

Dos frutos que não viu

Das plumas que não soube assoprar.

Tudo isso sabes por quê?

Não está permitindo o calor humano

Chegar próximo de você,

Simplesmente porque a arrogância é maior.

Seu olhar de prepotência o impede

de ver no outro a sua extensão.

Assim tudo é reclamação, dor e sofrimento.

Não sabes que tudo tem um preço?

O seu sempre será maior, pois quem nada divide,

Tem por conseqüência o peso maior da frustração.

Olhe para o céu e veja como ele está lindo.

Observe que nele nada falta.

E sinta como é possível se ver nele refletido nas nuvens.

Cada uma delas estão sempre brancas

Com diversos formatos.

Cor e forma da sabedoria

Em dividir com o outro o seu melhor.

Como as nuvens no céu estão para todos,

Então ele é a maior maravilha que o homem pode ter.

Você é a fonte energética criada pelo poder supremo.

Logo, deve falar menos, produzir mais

Na certeza que sua fatia

Tem lugar reservado, se tiveres sapiência

Para notar todos os feitos antes de reclamar.

Paris que me queima!

O dia aconteceu com um amanhecer de preocupação.

O sorriso estava com ar sisudo

E um franzir de testa era visível.

A personificação do homem está completa.

Assim, tudo tinha conduta de pressa,

Agonia, desprezo pelo outro.

Uma exclusão do olhar afagador que embala os encantos.

Esta com certeza representava uma nação

Perplexa com os acontecimentos.

Luz que paz nós traz, no entanto neste momento,

Marca a desigualdade.

O desespero, medo ao mesmo tempo covardia.

Cidade luz como pode estar assim

Desprovida de seus filhos.

Sangram em ódio, em busca de direitos que não chegam.

Correm de um luxo que poucos

Dos muitos que a visitam podem ter.

Luz que não tem atingido a todos,

Mas que encanta cartões postais pelo mundo afora.

Luz de uma ilusão que nos engrandece

Diante da possibilidade de lá estar.

Um convite a muitas voltas, trazendo os encantos

Que nos alimentam e provocam devaneios.

Paris quem és tu e como estais neste momento de dor.

Seu mundo precisa ser revisto.

Guerrilhas evitadas, mas sem sombra de dúvidas,

Fortes no campo político.

Seu povo não pode ficar a mercê do tempo.

Não. Não faça seu filho chorar,

Pois com eles estão todos pela pátria rezar.

menina
Enviado por menina em 26/11/2005
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