Consulta Ao Travesseiro
 
Ouvido de algodão, espuma, pluma
Sem consultar o enchimento
Vão se ocupando os seus vãos
De vãs súplicas e lamentos
Ou extensão das despedidas no portão...
 
Ouvidos a postos,
Em seu posto mais alto ou mais baixo
Em vestes floridas, lisas
Desprovido de todo acanhamento
Pelos sonhos que se despem...
 
Inquietude do coração, desejo, parecer
Parece ser doutor que acalma
Dor da alma...
Encarregando às estrelas
A busca da cura na madrugada...
 
E os segredos...
Aninham-se como amantes
Nesses instantes em que o travesseiro
É relicário desta relíquia chamado amor...


ziza Silvestre
Enviado por ziza Silvestre em 08/12/2007
Reeditado em 08/12/2007
Código do texto: T769676
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