O PROPRIETÁRIO
Choras porque não acreditas
Que toda a suavidade dessa tarde
É tua.
E que são tuas as margens do lago
Tuas, amado,
As curvas do meu corpo de Vênus.
Se choras, é porque não te insinuas
Pelos sinuosos contornos desse bosque,
Não te embriagas do buquê da minha boca.
Não vês que tudo é teu
E tu és tudo?
São teus os desenganos de Eros,
O relâmpago do riso,
Teus filhos, tuas mortes,
Esses gravetos queimando.