Face,...

Face,

Esta vai

Por onde menos imaginamos.

Engana-se.

São coisas da pele.

Uma vez mais

Provareis o mal amargo

Desta saliva

Pura faceta,

Desprendida, telúrica

E leiga.

A tantos reclamos

Que,

Sem dar-nos ao tempo,

Este outro vil,

Arrebata em parcas odes

Todos os anseios.

Por mais que o corpo possa

Irradiar,

Sua máxima será

O desprezo às faces,

Faces ocultas,

Com picardia

E sem brilho.

Terás nos olhos

Estes brilhos,

Estes brilhos,

Que, feita uma cadente,

Sumirá em livre espaço

Para muitos pesares.

Oh! face,

Terá ou será

Teu destino em minueto

Para todo o sempre

A alinhar-se

Entre as sombras míticas

De todos os nossos imos.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
Reeditado em 29/03/2005
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