O que tenho é nada e tudo

onde o mar bate

ou termina

o mar é sempre

o mar

aberto

que toquei,

o mar que eu não

vou além dele,

mas sim,

aquele que mergulho

em pensamento

o mar

que não é de ninguém

e de nenhuma pátria

mar

que é tão vazio como

qualquer coisa pode ser vazia

nesta vida

dependendo apenas do ângulo de quem

vê -

a vida é somente aquilo que tenho nas mãos.

29 de novembro de 2005

Leo Linares
Enviado por Leo Linares em 29/11/2005
Reeditado em 30/11/2005
Código do texto: T78283