RETRATO FALADO DE UM ESPELHO OCULTO

Mantos esparsos da paranóia

Cobrem assumidos indigentes do mesmo mundo

Mais que um simples retrato

Mais que uma vida insípida

Mais que qualquer outra coisa maldita

Um retrato falado de um espelho oculto

Trágico momento do homem

Este mesmo estúpido homem

Que caminha arguto pelo espaço

Caricato, sem espaço

Mas no espaço incerto de qualquer vida

Seus caminhos são estranhos

Assim como seu pensar, seu agir

A prepotência impera sobre seus atos

Sua ganância não tem limites

Seu ego é galgado ao preço de preciosidades

Uma vida pelo poder

Seja ele, limitado ou não

Pura paranóia

Oculto entre o espelho

Um trágico retrato

Ente estúpido e bastardo

Sua mão toca a desgraça

Como uma peste inócua

Ilógico, ambíguo, mas persistente

Pois como uma praga,

Busca refúgio em qualquer canto do espaço

Explora fronteiras ao seu bem próprio

Mesmo com medo de errar

É a própria antítese da vontade de ser

E ser não é apenas viver bem.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
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