Implacável tempo

No tempo que passou não há como se voltar.

Se hoje estou aqui, quem sabe amanhã posso não estar.

Grito aos quatro ventos – tentando firmar minha existência,

Pois o silêncio preconiza a morte - ou quem sabe a demência.

Hoje estou aqui sem me importar para onde vou.

Vivo o agora, manejo os planos e continuo sonhando.

Ocupando lugar no mundo, em plena torrente do tempo.

Para os que perguntaram por mim, me descobriram.

Para os que me buscaram – fui encontrado.

Para os que já não estão na vida, resta o consolo de uma fotografia,

Onde não há marcas do tempo - nada os pode atingir,

Ali não há rugas - marcas da vida - só lembranças.

Lembranças do tempo que passou e que não há como se voltar.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 20/12/2007
Código do texto: T786128
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