Implacável tempo
No tempo que passou não há como se voltar.
Se hoje estou aqui, quem sabe amanhã posso não estar.
Grito aos quatro ventos – tentando firmar minha existência,
Pois o silêncio preconiza a morte - ou quem sabe a demência.
Hoje estou aqui sem me importar para onde vou.
Vivo o agora, manejo os planos e continuo sonhando.
Ocupando lugar no mundo, em plena torrente do tempo.
Para os que perguntaram por mim, me descobriram.
Para os que me buscaram – fui encontrado.
Para os que já não estão na vida, resta o consolo de uma fotografia,
Onde não há marcas do tempo - nada os pode atingir,
Ali não há rugas - marcas da vida - só lembranças.
Lembranças do tempo que passou e que não há como se voltar.