Vejo as latentes veredas...

Vejo as latentes veredas

Tão escuras como a noite

Não há luz, nem estrelas

Vejo marcas profundas

Tão lacerantes, vergonhosas

Não há escrúpulos, são irreais

Vejo a língua em trocas

Tão verdes e desgostosas

Não mede mistérios, só vogais

Vejo o falso nestas caras

Tão distantes, abruptas

Não há remorso, solidão apenas

E aquilo que não vejo

É por que a noite me protege

E se tanto calo, são apenas palavras.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
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