Aliterações do hálito
Proletário que se mostra na motoca
É o mesmo que pisa em terra de mutuca
E ele adora metralhar com sua matraca
Ele ama destruir com sua futrica
Ele é dono de um arquipélago de danos
É sobrinho da mulher com sua sombrinha
Fez escola mas não subiu na escala
Ficou sóbrio mas esbarrou na sombra
Todo dia , adia um ato atômico
Releva, se prendendo no relevo
Pra quê levar mentira pra cá?
Sim, sei, saquei
Sentiu fisgar e preferiu sentar
A trapaça escondeu o tropeço
É a vida de um pequinês vadio
Que com cheque compra a coisa chique
Compra a prazo com medo de ser preso
e Vira presa
tentou treinar um português sutil
Dormiu com bafo do bife cru
Levou marmita e escondeu, marmanjo
Esteve próximo a elevar o status
Mas o trambique o tentou, coitado
Até que veio a morte da veia,
o sangue estanca,
e sem estrondo,
A vela se acende
Veio a foice, parou a vida
Aliterações do hábito,
alterações no Édipo:
dois motivos de seu óbito
Mas morreu na marra