Do luto eterno
Nada se abre,
parece tudo opaco
e fechado.
Parece tudo noite,
Das noites brancas sem luz,
Como o sonho fosse pedra.
O não haver é água,
Um mar indefinido
E frio.
Mas há melodia,
Uma melopeia de dores,
Que encanta a vida,
Desaba-se.
Só a memória arde
Na saudade,
E sobe-se o íngreme da felicidade,
Como um monte sem cume.