Tomei-te o sangue onde os campos ardem.

Tomei-te o sangue onde os campos ardem,

tomei-te a raiva,

tomei-te o corpo.

Eras tanque,

saliva,

cama. Eras sangue.

Lavrei-te os campos onde os corpos ardem.

Tu pedes

e eu construo o absurdo,

sei lá, coisas extremas onde mergulho e lambo.

Queria ser musgo, teu fardo.

Vem-te, vem

e não digas da espera nem contes do frio e depois e antes

caíndo sombras.

Rios de sempre, um grito dentro, apenas dentro, onde mais se é.

Venoi
Enviado por Venoi em 03/12/2005
Código do texto: T80439