a toi (pour Margarite Youcennar)

como são calmas as tardes

no deleite dos segredos...

como são falsas as noites

em que o cio aquece

o prazer oculto...

como são frios os invernos

em que o corpo estremece

carente, perdido...

como se Youcennar masculinizada

tomasse posse

da fêmea apetecida...

como se perdida fosse achada

no desejo

que encontra...

(...na loucura do sexo!)