Chamo-te

Chamo-te

Vanderli Medeiros

Faz muito tempo

que meu silêncio te chama,

Mas, nem me ouves

e nem me vês...

Parece que o mundo

escondeu-me de você...

É na calada da noite

que meu pranto derramo...

É sobre os lençóis que me afogo

e. por ti, entre soluços, rogo.

Tento sufocar esse amor

nos dias e noites que me consomem;

Porém, no libertar de minh'alma pelo sono,

contigo é que me encontro

e, outra vez, te amo.

O despertar traz um novo grito mudo

que, no farfalhar das folhas secas,

caindo em solo árido,

trazem, outra vez,

o eco mudo de seu nome.

É esse grito que ecoa tanto,

em sons estridentes,

como na muda fala

que me fere como mortal bala.

Vanderli Medeiros
Enviado por Vanderli Medeiros em 23/12/2004
Código do texto: T809