Possuir e despossuir empréstimos...

Pão, canseira e chão...

Coceira no coração...

Formigas sabem o que querem.

Eu, não.

Se as coisas têm de ser como são – Uns no céu,

Outros no chão...

Agora é o exercício de aprender a despossuir.

Despossuir empréstimos...

Emprestado é o teu corpo ao meu.

Até nosso próprio corpo nos é emprestado!

Mais um motivo para bem cuidarmos deles,

Individualmente,

Reciprocamente...

Milhares de luas nos separam das viandas cruas...

Felicidades são como bandeirolas de São João:

Coloridas, alegres, felizes,

Esvoaçantes, substituíveis...

Sua impermanência imanente à vida.

Sem felicidades, ficamos foscos.

Quando elas chegam, a vida fica tão querida!...

E brilha!

Inteiramente desnuda, a alma endividada.

Com o que há de pagar pecados,

Se não for perdoada?

Lavada pelo Sangue do Cordeiro,

Tem vida renovada!

Desperto, o espírito vigia!

Na casa de Maria,

Haja um lugarzinho

Para quem desejar ver o seu Divino Filho!

O brilho do sol é luz mais fraca

Do que a luz da aura de Jesus!

Dessa luz, tomemos posse!

Não nos será tirada.

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 13/01/2008
Código do texto: T815186