Moinhos de Vento

As pás giram desconexas ao vento

fazem circulos...hélices lentas

desconexo tambem é o pensamento

em linhas retas, continuas...sedentas

o vento bate e lá se vai sem rumo

sem começo nem chegada

sem partida ou destino

sem porto sem parada

e assim vou, sem mesmo ir

num paradoxo de ventos e vontades

...sou moinho de vento pairando em reticenças...

assim como o vento bate em mim e me gira

os sonhos me impulsionam aos céus...ao horizonte

e girando, ora devagar ora sem rumo

meus sonhos se espalham aos quatro cantos

pela força do vento

que derrama o sentimento

e se desfaz em encantos...

e girando como as pás

e caminhando nessa linha reta...nessa corda bamba

o vento bate e me desequilibra

me faz cair em sua corrente

me faz passageiro de uma brisa mansa

um vendaval

vem vento...

me deixe tocar suas sete faces...

varre a razão...pare o tempo

vem vento...

varre esse meu lamento

espalha esse sentimento

seja uma brisa de momento

vem vento...

que eu invento...

Tito Lívio Caporetto

Tito
Enviado por Tito em 27/03/2005
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