Um amigo de boas leituras, em certa ocasião, me fez um comentário carinhoso dedicado a Mário Quintana, um de seus poetas preferido... 
"ele escreve com a alma exposta..."
Aquela frase me fez refletir muito como seria muito mais lindo e sincero se ao falar, ouvir, se expressar, pensar e mesmo escrever, fizéssemos sempre com a alma exposta... 
Que eu consiga um dia qualquer, escrever assim também...



Alma Exposta

 

Escrevo-te assim...

Com minha alma exposta

Sem buscas de respostas

Sem indagar meus porquês

 

Escrevo-te assim...

Lento como a mãe

Que ao ninho traz o alimento

Como meu sustento

Escrevo-te assim...

Meus versos escolhidos em cada ramo

 

Não vasculho ao fundo do meu ser

À espera da minha mágica inspiração

Nem posso dizer que a mim pertence

Só sei que ela sente onde minha presença se encontra e,

Lança-se ao meu encontro

Sem pressa...

 

Para que eu te escreva assim...

Com minha alma exposta

Sem necessitar-me de respostas

 

Escrevo-te assim...

Despida de minhas vestes rotineiras

Na minha poesia só a luz cabe.

Quem sabe...

Minha alma se confunda com o raio do Sol

Tão exposto...

 

E, ao meu gosto

Que me leia assim

Com tua alma em gesto de mão sobre mão

A espera da oferta...

 

Então te escreverei assim

E minha poesia levitará

Até tua alma alcançar...

ziza Silvestre
Enviado por ziza Silvestre em 19/01/2008
Reeditado em 19/01/2008
Código do texto: T823846
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