A minha vida, são as minhas palavras...

A minha vida, são as minhas palavras

Assim como a caneta é a minha amante

Entre tantas outras, como a máquina

Como a tênue noite, como a vodca pura,

Como a imaginação.

Porém, rodeado de tantas amantes

Eu continuo um tolo solitário,

A espera de que algo novo aconteça,

A espera de um suave beijo,

A espera de você.

Esta noite bate fria

Uma fina fumaça sopra do meu cigarro

Não sinto o seu cheiro

Não sinto a sua presença

Dói tanto o coração.

E só a pena desta humilde caneta

Suporta tamanha angústia,

Tamanha solidão.

A minha vida, são as minhas palavras

Soltas num frio papel comum

Mas continuam sendo a vida

A procura de uma paixão qualquer

Como um desejo insano

Mesmo em uma fria noite sem canção.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 28/03/2005
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