Poesia 23: A vida é estranha.
Viemos sem nada e lutamos por tudo,
Mas, no final, deixamos tudo e saímos sem nada.
Na luta, buscamos riquezas,
Buscamos poder, buscamos paz,
Mas o que carregamos?
O vazio de quem não soube viver o suficiente
Para entender que tudo o que conquistamos
Acaba voltando ao nada.
Nos dias, somos guerreiros,
Nos sonhos, somos reis,
Mas no fim, somos poeira,
Poeira que o vento leva,
E não há memória que resista
A força do tempo.
A vida é feita de ciclos:
Começamos do nada,
E no fim, voltamos pra lá.
Mas o que fazemos entre esses dois pontos?
Lutamos, amamos, erramos,
E, talvez, a maior lição
Seja saber que, ao final,
Nada é nosso. Tudo passa.
E o que fica é o que fomos,
Não o que tentamos ser.
Autor NEGRO LIMPO
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Moral da poesia:
A vida é efêmera. Lutamos e buscamos, mas no fim, tudo o que conquistamos, seja material ou emocional, se dissolve no tempo. O que realmente importa é o que somos, não o que acumulamos.
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Descrição:
Essa poesia traz uma reflexão profunda sobre o vazio das buscas humanas. O esforço por riqueza, status e poder é irrelevante diante da certeza de que a morte nos levará, e com ela, tudo o que pensamos ser valioso. A verdadeira pergunta é o que fazemos com a nossa passagem por aqui e como conseguimos encontrar significado no que somos, não no que possuímos.
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Mini dicionário de palavras difíceis:
1. Efêmera - Que dura por um curto período de tempo; passageiro, momentâneo.
2. Ciclos - Sequências de eventos que se repetem, como um ciclo de vida e morte.
3. Poeira - Pequenas partículas de sujeira ou pó; no contexto da poesia, simboliza a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte.