"A Face da Tristeza"

E o olhar-embaçado, vidraça turva da alma-presa,

Reflete o nada-dentro, a alegria já-fugida.

Cada suspiro-pesado, um fardo no peito-opresso,

A voz em nó-garganta, a canção silenciada.

O tempo, lento-arrasto, nas horas sem-cor,

Um eco sem-resposta no vão do agora-vazio.

A esperança, chama-tênue, tremulando no horror-escuro,

Um quase-nada-brilho na noite sempre-próxima.

E a mão que treme-frio, buscando um calor-perdido,

No vazio-ao-redor, no toque nunca-achado.

A lembrança, espectro-vago, de um riso já-morrido,

Assombra o instante-presente, o futuro já-nublado.

Assim a face-triste, um mapa da dor-fundada,

Lágrimas, a tinta-sal que escreve a alma-sofrida.

Em cada gota-caída, a história desolada,

De um coração em sombra, da alegria já-fugida.

ANTONIO RODRIGUES UMBELINO
Enviado por ANTONIO RODRIGUES UMBELINO em 13/05/2025
Código do texto: T8331590
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