Um saco largado na praça...

Um saco largado na praça

Outro mais adiante

Pés descalços, trapos no corpo

A garrafa vazia

O corpo, o bolso

A cabeça também

Muitas noites de relento

O corpo caído na banco,

Na sarjeta, na escada

Não tem mais brilho

Nem sentido

Um andarilho das ruas sem vista

A alameda é sua casa

Seu ponto, sua vida

Um grito sufocado no ar

Não tem mais lágrimas

Nem sentido, nem nada, nem par.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 28/03/2005
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