SUBJETIVO

Multidão de fantasmas-sentimentos

Santos da disposição e do abatimento

Sinto-os no corpo, alma e pensamento

Insensíveis a matemática e meus lamentos

Suas vozes mais audíveis no silêncio

Fazem-se altas quando a razão dispenso

E qual razão, se somos sãos só de fachada

A luta que nos fere é por nós também amada

Inconstante como toda alma humana

Sigo adiante, como quem acerta...

e quem se engana.

Mas ao me transcender

posso ver a luz da chama

Do coração de cada ser

única e passageira trama

Fogo de essência forte e fluída

essa nossa biótica natureza

A de ser vivo, e ligar-se a vida

abraçando a alegria e a tristeza!