Sigo a estrada em busca daquela porta...

Sigo a estrada em busca daquela porta

Levo alguma vida em poucas linhas

Levo algumas lembranças,

E talvez algum fortuito momento de alegria

Sigo a estrada, suas curvas tortas

Na esperança de sempre encontrar

Aquele sorriso simples de novo

Aquela alegria incontida

Mesmo com os amargos da solidão

Sigo o caminho para o alto

Levo o calor do meu cansaço

Levo o clamor do meu peito

Mesmo com as dores do coração

Bendita estrada, próxima porteira

Última casa ao pé da colina, última

Última para todos os meus lamentos

Estrada circunda feito uma carta

Poemas largados naquela sacada

Versos rasgados em meia taça

Lágrimas de uma consorte que me escapa

Estrada que desce para outra vida

Poeta que me ouve tantas lamúrias

Na carta que entrego minhas dúvidas

Do amor que me escapa pelas mãos

Estrada que nem me fatiga

Rumo que avanço pelo entusiasmo

Do poeta que me joga tantos fatos

Faça do amor o seu regaço

Sigo a estrada, e busco aquela porta

Torta como a Ilha de todos os meus sonhos

Flores que amadurecem em meu Jardim

Contando os dias do seu amor.

Sobre o carteiro e o poeta, por algo que quero ter.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 28/03/2005
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