Só até ali !...

O farfalhar das palmas dos coqueiros

É um acenar adeus que não pára!

A vida flui, passa...

Pede licença para azular a lembrança,

Azulejar a esperança

E edificar a sabedoria...

Se tiver de escolher entre dinheiro e amor,

Melhor escolher amor,

Porque dinheiro não compra tudo.

Devo ir à praia,

Meus dias no litoral são poucos.

A água do mar descansa cansaços da carne

E canseiras da alma...

Prosa e verso, até que esperam.

O mar, não.

Hoje, vou de verde.

Meus sentimentos são puros

E meus algozes são duros.

Coleciono conchas.

São ricas todas as praias.

Pinço a ostra dentro de sua casa

E cavo um buraco na areia

Onde escondo a pérola

Que ficará perdida para sempre...

Pedras caladas, coladas ao chão

Pontificam o ambiente.

Longe demais, as montanhas de Marte.

Tenho de me contentar com as da Terra.

Quer dizer, com algumas das montanhas da terra...

Quando o cérebro parar de funcionar,

Como se há de acionar a palavra?

Deus é Pai

E deixa o homem ir só até ali!

Se permitisse mais,

O homem quereria ser Deus!

Mesmo deixando ir só até ali,

"Uns pensam que já são Deus,

Outros têm absoluta certeza!..."

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 30/01/2008
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