Os lenços das palavras

à noite recolhem-se os lenços das palavras,

dobram-se em dois, guardam-se com cuidado,

como corações completos.

no leito estamos nada.

as novas palavras tecem outros lenços nos sonhos.

Ao olharmos a manhã, já estamos cobertos

de verbos,

de nada, daí a pouco já somos autênticos.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 06/02/2008
Reeditado em 06/02/2008
Código do texto: T848807