BRECHINHA DA TELHA

Olhei pela brechinha da porta, era noite de lua cheia...

No chão havia um mosaico, de pedras e de areia...

Na parede um quadro estático, era uma viuva-negra...

Violões em serenata, chamavam a tua presença...

Aquele olhar tão negro, aquela boca de seda,

aquela pele macia que me chamava na espera...

Confesso que estremeci, estava sentada na areia...

A luz da tua mirada, brilhava na minha cabeça,

eu sei que eras tu, eu vi pela brechinha da telha...

Fiquei então silenciosa, lembrando a tua presença...

O sorriso de menina, chegou sem pedir licença...

O gosto do teu beijo, marcou a minha consciência...

Moreno belo e cheiroso, tu não me sais da cabeça...

Anjo de multicolores, anjo da minha vida eterna...

TE AMO...

Carmen Dávila
Enviado por Carmen Dávila em 29/03/2005
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