Magia Pura
Filha da benção do meu amor
Seus olhos incandescentes
Regam de luz os deuses da escuridão.
Suas mãos semeiam cores
Nos cinzas estandartes da fé.
Das primícias o fruto perfumado,
Arte manual entalhada de verbetes
Preenche de sonhos em algodão doce
O delírio de uma febre ingênua
Que à míngua fareja o podre da rua.
Carne da carne da euforia,
Da ruptura do medo,
Energia circundante, filete nobre
Que afasta o temerário isola o inóspito.
Ilusão breve que consola a alma.
Celeiro das minhas angústias
Emoção louca de poder passageiro
Sopra nas narinas da minha concepção
A virtude do querer ser e estar
Para acalentar nos braços sua fidalguia.