Todos os dias...

Todos os dias

Assim vai ao relente sopro

Assim fica na tarde que cai

Chuva ou Sol, que venha

Pouco se importa, se importa mesmo

Seguir cada dia passado

Passando o dia, a noite seguinte

Me perguntas - porque?

Sei, pela simples existência

De tudo aquilo que me cerca

De tantas noites mal-dormidas

De tantos anseios vistos pela janela

É sinérgico, enfático e de pele

É o calor que sobe pelo corpo

É o mesmo ar que respiro

Para tantas lições aprendidas

Para tantos olhares percebidos

Sê de mais nos dias afoitos

Em cada momento travesso em dia

Das noturnas conversas que sempre temos

Nos poucos momentos que nos emprestam.

Todos os dias

Como se não fosse ontem

Ou até mesmo mais tarde

Cálidas mãos vespertinas

De florais aos olhares de mais cedo

De tantos espelhos neste Jardim

Nas brumas melódicas de novos desejos

Jardim em festa, festiva matiz

Tantas são as cores de tantos orgasmos

Tudo ao seu toque de pele macia

Nestas mãos selvagens que procuram

Os mais íntimos suspiros

Verga de massa rija

Venerada aos próprios momentos

Saciando a mais louca sede

Que cede a tantos encantos

Por esperar outro dia

Doutros tantos cá espero sempre

Sonhando o sonho de ontem, além destes

Sonhar de olhos abertos.

Todos os dias

Em qualquer momento

Sempre melhor com o tempo que passa

Passando novas lembranças de hoje

A fragrância adocicada desta boca

Por que?

Sempre existe algo muito maior

Do que o simples desejo.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 29/03/2005
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