A ESPERA

É como se dissesse,

Não ignoro a que vim,

Erros são iluminados,

Toda uma parte nossa

Construção no espaço

O inferno me entende.

Coincidência singular,

Mais indeciso hoje

Um espanto inexplicado,

Pequenas gotas brilham

Na estrada branca,

Resultariam ou não.

São muros opacos

Para quem chega de longe,

Sou como o passo gradativo

Nas ondas lamacentas,

Devo estar assustado

Com minha demora.

Não há onde esperar,

Aguardo a noite

Onde estou seria visto,

Verde e nauseado,

É como se dissesse

Eis o instante decisivo.

(D’Eu)

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 30/03/2005
Código do texto: T8653