das cidades

Como livros, empíricos,

arrumados em sabedoria nas ruas,

por todo lado, mesmo no lixo sobrante.

Construídos em estruturas conjuntivas,

por trocos, em carne viva.

Como aranhas prendendo memórias,

como cárceres da vida.

Flutuantes, soberbos botes à deriva,

rumando ao amanhã mecânico, geométrico.

Sem tempestades, num algoritmo perpétuo,

circulando em diante.

Sem peste, pestilando higiene,

num contágio crescente,

expoenciando a ilegítima inteligência,

perscutando a altura da maior cidade.

"Utópia".

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 28/02/2008
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