VIAGEM

Eu não poderia guardar todos os tesouros

Eu não conseguiria afogar-me na superfície

Às vezes a multidão é meu exílio

E minha alegria é quase triste

As placas não dizem nada

Meu horizonte não é aqui

Por tempestades sem estiada

Por páginas que não chegam ao fim

Eu não sei mais o que sentir

Errante como sou, mareado como era

Calor, frio ou a frieza

Destinos rabiscados no pó ou na pedra

Eu não encontraria o fim procurando outra chance

Eu não deixaria a correnteza vir até mim

De repente somos nobres arruinados

Presos ao barco pronto para partir

Amanhã ou outro dia ,hoje lua -nova

Se a minha força me fez chorar agora

Saiba que a sua ausência ainda me falta

E que o amor habita onde o tempo não mora.

(A escuridão não me deixou dormir

E quando outra manhã de sol raiar

Eu não vou mais fugir de mim)

Franciane Cruz
Enviado por Franciane Cruz em 18/12/2005
Reeditado em 23/05/2009
Código do texto: T88009
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.