Caminhos Cruzados

Quando caminhos se cruzam

E a flor dos olhos desabrocha

Sem palavras que digam

Mais do que um breve sussurrar

Deve ser choro dos céus

Um leve raio de sol

Fazendo o amor brotar

Quando os caminhos estacam

Numa única via a seguir

Não há quem queira ir sozinho

Não há quem queria apenas ficar

Deve ser canto de passarinho

Uma lagrima de luar

Mãos dadas num novo destino

Mas se um raio corta o céu

E do estrondo se faz o medo

As mãos soltam desatando o véu

E afastar a pele é reagir

Sem entender bem o por quê

É fugir, sem mesmo querer ir

O céu nubla dúvidas

Sol e lua se escondem

Aguardando a lágrima findar

Ou esperando a flor despetalar.

Paula Cury
Enviado por Paula Cury em 19/12/2005
Código do texto: T88267
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