O mundo que não me pertence

Madrugada eterna, o dia não vem,

Quando chega temo o acordar,

Temo tê-lo que enfrentar,

Sentimentos que nunca tive,

Hoje os tenho e temo,

Sinos, não os ouço,

Não há perto de casa a igreja,

Há uma em minh’alma,

Nela estão minhas crenças,

Nas minhas crenças não rezo nas pedras,

Os joelhos são confortáveis,

Estou no mundo errado,

Existirá outro?

E se nessa curiosidade eu não me desprender do meu corpo?

Seria uma eterna prisão na lentidão da terra,

Quero crer, ver, acreditar.

O ser – humano tem regras confusas,

Não pertenço a elas,

Sem forças,

Não posso enfrentá-las...