Reflexões Noturnas

Bebi a Lua em brinde às estrelas

que uma a uma deslizavam no céu

E a cada nuvem que estática gemia

traguei a noite vagando ao léu

O meu sorriso que irradiava o branco

do âmago da noite eternizado

não chegou aos olhos que tristes choravam

o céu sem brilho, atro, desmistificado

A mente enluarada, entorpecida, branca

não soube cantar odes enamoradas

nem um rabisco, nem um acorde, nada

E o céu sombrio, respingando lágrimas,

levou de volta a Lua à sua morada...

Varei, sozinha, a fria madrugada