VISITA

Ah, como ontem ainda é agora...

Como aprendestes o caminho até aqui,

Ainda que assim?

Ainda é dádiva divina

O teu corpo de menina

De azul olhar e perfumada pele alva, todo o teu calor...

E, na tua partida, um beijo de despedida deixado roubar-te

Como se fosse proibido beijar-me...

Assim, é só diálogo além do tempo dos nossos corpos.

Colhas o meu poema, tal qual colhi no teu corpo

Toda a arte de amar e o desespero pelo gozo

Com o tempero da tua alma e do teu amor.

Oh, Vênus divina,

Guarda esse segredo, menina,

Do caminho até aqui.

Aqui fora não deixamos rastos,

Ainda que eu jure sentir o teu perfume

E ainda seja o mesmo o frescor do teu beijo,

Aqui é só diálogo, trocas de sinais, códigos quase genéticos,

Que saberão de si apenas na luz de outros olhares,

Em outros corpos viajantes,

Em busca do Amor perfeito...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 01/04/2008
Código do texto: T925762
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.