do poeta, a raíz e o tempero / 18

caem os minutos do tempo sincronizados no ritmo das ideias que atropelam o pensamento

caem...

virtiginosamente espreguiço o tempo na loucura do imediato...

de olhos redondos olho por dentro a visão,

a colina da memória...

despenho-me nas estrelas do sonho e penso.

redijo o que tarda da existência nos cantos dançados,

nas loucuras emergentes dos beijos decapitados,

nas azáfamas dos dias de passos incertos...

caem os minutos do tempo sincronizados...

qual fenónemo motorizado dou brilho à tristeza,

bebo a sorte na sorte de mim,

giro os fios, o novelo que novela

a renda,

a mortalha do fim...