De volta a ti

INJÚRIA!

Todas as saudades me matam,

toda lembrança tortura,

um passado heróico, um futuro cadeirante espectador,

assistir lentamente a corrosão de seus ossos, inevitavelmente, dia após dia tirando sua sanidade, a beira da loucura descobrir-se poeta e sentir mais falta do que poderia sustentar,

as pessoas que mais preciso, não estão aqui, sentimentos trancafiados, puseram limites em todos meus sonhos, acorrentaram minhas carências, não mais importa o que sinto...

cansado, cansado de verdade de pagar por erros alheios, de colher egoísmo...

já não posso mais suportar pregações falsas, palestrantes hipócritas, são crianças me ensinando a vida, são doutores da mentira e da falsidade apontando erros meus onde nunca existirão...

de todas as ganâncias, por todos os pecados, diz pra mim qual machuca mais que a ingratidão...

se for pra um dia fazer algo por mim esperando outro em troca, não o faça e faça mais do que isso, suma do meu caminho, desapareça da minha vida enquanto não tem valor nenhum, por que depois que cria-se um sentimento verdadeiro, reside uma dor insuportável da qual eu já mais vou me acostumar...

Insanos rebeldes, os cães ladram na selva de pedras, como animais insanos marcando território,

As lembranças me torturam, o passado me assombra, eu tenho saudades e choro de ódio, não tenho um abraço, ouço meus inimigos em pele de cordeiros fazerem as cabeças das pessoas que me tinham amor...

Quer amar alguém, procure alguém capaz de não matar-lhe aos poucos, por que vocês não agüentam comigo, o que restou em Lecter é o que habita em mim, mui fácil amar os que te querem, querer os que te amam, nunca cuidaram de mim, fácil estar ao lado de quem lhe faz bem...

Agora o que lhe resta é a revolta de sua reação em cadeia, lágrimas em teu travesseiro tentando dia após dia convencer-se de não ter culpa, fingindo jamais entender o que aconteceu e ignorando o rombo que restou no seu coração, em um peito cheio de ódio e maldade,

Guardes o rancor, alimente teu ódio, meus inimigos apresentam-se como família e amigos, existe alguém trouxa de mais por aqui para ser manipulado por vocês?

Mantenham todo cuidado, pise muito de vagar e jamais acomode-se nunca me prenderam, nunca me prenderão,

Paixões? Liberdade, essa é a paixão, o único sentimento existente, jamais a tirarão de mim, e quando ameaçar-lhes o fazer, perderam-me novamente...

Nunca acorrentado, jamais domado, se um dia agimos feito animais, talvez tenha sido por que verdadeiramente, nunca tenhamos deixado de agir como somos.

Em homenagem as malditas almas confusas que insistem em cruzar meu caminho sabe Deus por qual seja o motivo,,, muito obrigado por me machucar tanto, obrigado pelo descaso, por trocar-me por quais quer outras coisas mais importantes, obrigado por respeitar regras que nos afastam, obrigado pelo descaso, desonra, pela falta de consideração e confiança, obrigado por trair o que existia de importante, isso tudo, tudo isso, todo o sentimento, dor, remorso e talvez um dia ódio que isso causou...

Isso tudo dilacerou algo chamado coração, verdadeiramente, quantos de vocês me conhecem?

Os que conheceram nem ligaram, os que respeitam isso, contaria nos dedos das mãos ainda que me arrancassem nove deles.

Bando de vermes inúteis, a consideração deixou de existir levando consigo o meu coração, o que tinha de revolta virou sono, cansei de vocês.

rOg Oldim
Enviado por rOg Oldim em 05/05/2008
Código do texto: T976569