Templo Vazio da Alma

Miro o céu noturno

Choro ao ver estrelas cadentes

esmagadas pelo chão

Suplicando ao mundo

uma gota de consolação

No templo vazio da alma

a dor perambula

Agasalha-se nos braços da solidão

Ecos vazios soam na calada da escuridão

Abutres negros escarniçam

o enrugado coração

Pisam o ser sem compaixão

O olhar congelado no tempo

afoga-se na taça da desilusão

O pensamento voa solitário e

sem direção

A tristeza chora diante dos sonhos

Recebe a benção da extrema-unção

Beija o adeus de mais uma ilusão!

27/09/2004

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 04/04/2005
Código do texto: T9775