Templo Vazio da Alma
Miro o céu noturno
Choro ao ver estrelas cadentes
esmagadas pelo chão
Suplicando ao mundo
uma gota de consolação
No templo vazio da alma
a dor perambula
Agasalha-se nos braços da solidão
Ecos vazios soam na calada da escuridão
Abutres negros escarniçam
o enrugado coração
Pisam o ser sem compaixão
O olhar congelado no tempo
afoga-se na taça da desilusão
O pensamento voa solitário e
sem direção
A tristeza chora diante dos sonhos
Recebe a benção da extrema-unção
Beija o adeus de mais uma ilusão!
27/09/2004