Cepticismo

Tão perto dos teus olhos

E tão longe do teu querer,

Como no dia em que vi a luz primeira

Nos cantos e louvores entoados com alegria.

Meus pés sangraram tantas vezes,

A garganta secou de tantas palavras

Tanto quanto pela sede delas.

Nunca me viste realmente!

Meu coração nunca se aquietou

O desejo de sabê-lo me queimava,

A certeza de senti-lo dava-me esperanças;

Só ao redor de mim te manifestavas.

Marquei hora, dia e não chegaste.

Esperei pelo teu tempo que não chegou.

Gastei o chão indo a tua procura,

Estavas para além de mim, nunca para mim.

Fechei os olhos, o coração e a porta.

Não virás, hoje eu sei.

Meu coração embruteceu de esperar

Por um amor que nunca me abraçou.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 09/05/2008
Código do texto: T982899
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