OUTONO DO SER
o outono
me obscurece.
meu sono cresce
em alma agreste,
sonhos confusos
trêmulos, difusos.
folhas secas
sem uso, tecem
desilusões de um verão
campestre, ainda em prece.
apressada estou para o inverno,
este subterfúgio do inferno pagão.
que venha desnudo,
apesar do sobretudo
que me veste.