Canto ao Recanto

Aos nomes que nos acolhem

em recanto que abole cismas,

paradoxos que nos tolhem,

levam as cinzas.

Em telas de encontros

cada qual em seu canto,

prisma.

Saber difundir um tanto

das palavras,

elucidar mantras,

desbravar Alcântara.

Portos sem segurança

a espreguiçar perigos.

Correr riscos

e alcançar rabiscos

de carvão.

Nenhuma sentença

em vão.

Todas nos recolhem

na lareira profunda

a convergir nossos olhos.

E a propagar

em nossas retinas

rimas de apegos,

aconchegos, chamegos

à estrela guia

dos poetas aprendizes.

dos poetas que dizem

luas, vínculos, ruas.

Almas nuas

circulam poesias:

as minhas, as nossas,

as tuas.

Rocio Novaes
Enviado por Rocio Novaes em 05/04/2005
Código do texto: T9932