Canto ao Recanto
Aos nomes que nos acolhem
em recanto que abole cismas,
paradoxos que nos tolhem,
levam as cinzas.
Em telas de encontros
cada qual em seu canto,
prisma.
Saber difundir um tanto
das palavras,
elucidar mantras,
desbravar Alcântara.
Portos sem segurança
a espreguiçar perigos.
Correr riscos
e alcançar rabiscos
de carvão.
Nenhuma sentença
em vão.
Todas nos recolhem
na lareira profunda
a convergir nossos olhos.
E a propagar
em nossas retinas
rimas de apegos,
aconchegos, chamegos
à estrela guia
dos poetas aprendizes.
dos poetas que dizem
luas, vínculos, ruas.
Almas nuas
circulam poesias:
as minhas, as nossas,
as tuas.