***Amor Encoberto***

Estrada larga de folhas cobertas,

em todas as nuanças contraditórias

O chão de folhas secas que estalam,

ao caminhar trôpego da andarilha

Secas e marrons em cujo outono,

caem também em ocre alaranjada

Segue triste em expectativa falha,

cai sem parar á espera de uma flor

Triste engano e sozinha na rua nua,

onde as rajadas de vento dispersam

A folha morta como morta como morta

esta, a minha alma cansada de chorar

Esperar e lastimar um amor que se foi,

uma lembrança triste de um bem querer

E nesta luta desigual acovardada,

que eu sigo o meu destino alucinada

Acuada por um amor já fenecido,

embora eu tenha muito te amado

Hoje lamento o quanto te amei,

e sigo na penumbra assustadora

Com o espectro daquilo que dantes fora,

já não sou mais a mesma amadora

Que ao raiar do dia em novas cores,

brilhando na aurora a estrela matutina

Anunciando um dia mal fadado,

é tão triste que a mim fulmina

Nos desamores do meu amor,

o encontrar por entre as flores mortas.

***Rosa Mel***