OPOCÉFALO

A opotética estação do ano em vertigem

Na falsa reação de tudo

Givago contempla as orlas

Pequenas e vagas hemácias

Gertrudes repele o inseto

Em beijo atento na vaga

Repete um erro patético

Circula nas bordas do lago

Mergulha o pé na cevada

Cansada desliza em ossso

Curvada peneira a água

Lesada despreza o corpo, em olente mistura de lares

Contempla o giz na farpa verde que encobre horizonte

Sem braços coitado se arrasta

E casto, incapaz no jogo, respinga palavras no lago

Cali serena e destra, devolva minha costela

Cavando em si simetrias

Menerdos na farta sugestão

Mensuráveis verrugas caladas em calda

Pula à cata do verde, e nele alaga a seiva em catride

Sirene ressoa as vagas

Carnudos pedaços de vento

Sabores adoçados em seiva

Variações que comem a quantidade

Vermentes menções quânticas

O pai com seus belos chinelos, meneou farpas na unha

Condenando a pequena á correr

Correr...correr, correr...

Corroendo em si a própria versão

Girando, com prótons...girando

Cansada quebrou-se os ossos

Coitado em mim se afugenta

Vagando em vérticese palco

O cômico ingrediente do artista

Que perdeu a própria ossada

Opocéfalo sem a física alpa

Genuinos calos de pavos

Insulina no corte sereno

Que abriga em ferida...vertida no lago

Que aos poucos retroceda na Alba Funesca

Para um enterro de bolas de hidrogênio e seiva

À escorrer pela grama em sentido horário

Para a própria Mente.

PANDORA AEDO
Enviado por PANDORA AEDO em 19/05/2006
Código do texto: T159102