O FIM

Arazado.

Detonado.

Distraído...

O peito dói.

A cabeça pesa.

As lágrimas caem.

Cai também o homem

Que por medo de amar

Covardemente foge,

Isola-se,

Mente seu sentimento para si mesmo

E para todos a sua volta

Como se tudo estivesse bem,

Mas seu interior, só ele sabe.

Medo de sofrer,

De ser feliz ou infeliz.

A incerteza já o convenceu

E o invade a cada nova situação.

Se de aventura é feita à vida

Isto para ele já não o é mais,

Afinal sua experiência o fez mais sábio

E apanhar da vida, dos amores

Já não faz mais parte de seus atos.

Sua sensibilidade,

Seu romantismo,

Seu idealismo romântico

Já não habita seu coração

E a razão o domina,

O castiga,

O maltrata,

O faz defensivo e cauteloso

Pela prevenção de si

E pelo receio de amar mais uma vez,

Em meio a tantas paixões que ainda

Hão de surgir e acompanhar seus passos.

É simplesmente o fim

Para um início mais solitário,

Triste,

Egoísta, afinal, já não acredita na sua capacidade

De amar e superar traumas e preconceito.

Simplesmente, morreu!!!

JOSÉ FLÁVIO DA PAZ
Enviado por JOSÉ FLÁVIO DA PAZ em 04/06/2006
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