SIM, guardanapo

Tijucas,SC, 04 de dezembro de 2004. As 21h e 05min.

Tem certeza de que não esqueceu de nada?

Tantos nomes em minha lista, escolha sarcástica, sinfonia de assinaturas. Seres do castelo, diversão impressa nos segundos planos, enganos.

Sempre certifique-se de nunca falar outra vez o que te falaram. Tantas coisas, gavetas abertas. Uma luz no fundo do baú, talvez viva, quase brilhe.

Nacionalismo estrangeiro, dias, dias, horas minutos. Incontáveis envelopes. Caixinhas, descartabilidade. Fragrância de teu lábio puro em meu guardanapo.

Realidade conservadora, gentileza em nossos preços. Interpretações estranhas. Somos mil partículas, escolhas precipitadas, portões de ênfase.

Equações exatas, quantos de nos sabemos infernalmente o que fazer? Desaparecidas transformações. Digitais do teu sonho de beijo.

Agito na desgraça. O alto status em letra grita, de leve, sem blefes. Reparadissimos de forma ao acaso. Ruído constrangido, maravilhas do súdito.

Acho que esqueci de algo. Visualização opaca, percepção sucetiva, afago da matéria para tal. Deixarei guardado, onde, não interessa, indignação abafada, admiração lamuriosa.

Preciosidade, único coincidente. Mas é meu, porque não penso, acho. E me contento ao olhar, tão sem nexo, simples. Teu beijo intenso em um mais um. Porem sem auto ilusões, já que sei que a maioria não sabe que poucos pra sempres duram mais do que um minuto.

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Douglas Tedesco