DESERTO SEPULCRO...

Deserto sepulcro...

Temporais, enchentes lamaçais.

Atravessar espaço e tempo... Olhar

Sedenta e fria condição da alma. Fétido odor,

Sudorese estertorar, seguir em busca do sepulcro...

Caminhar nas sombras, tremores.

No corpo, alma temerosa...

Cruzar o ermo, no caminhar desperto.

Adentrar despenhadeiros nos montes trilhados,

Extorquir sentimentos, retirando pedras,

Açambarcar vale da morte, o deserto...

Temores dúvidas se foram, sem assombrações e calafrios,

Prosperando vida. Conjeturar entre as agrestes escarpas,

De o percorrido penar, inalando á existência.

Aves sobrevoam o vale, gorjeando aleluias.

Sábio criador, esculpiu com cinzel do avivar Aragem,

Rochas beleza e arte, á mãe natureza.

Vivencias, infecundidade da sobrevivência...

Decodificar esfinge, compassivos e brancos por fora,

Embolorados dentro. Belos limpos exteriores,

Mortos putrefatos interiores. Intriga e malícia, sepultando-os.

A sombra da ignorância, deserto sepulcro.

Exclusivismo cobiça e devassidão, faculta á luz da razão...

Deth haak

06/07/2005

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 14/07/2005
Código do texto: T34322