AH... NÃO HÁ!

Já fazia tanto tempo

Que não enchia o coração...

Minha vida era tranqüila.

Mas na imaginação,

Meu espírito era vazio

Assim também a emoção

Tudo era muito frio

Para que ter uma vida

Se não havia mais razão?

Foi então:

Que ela apareceu

Sentido assim me deu

E NUNCA mais

Vazio fiquei.

“Tudo mudaria”

Assim pensei.

Realmente

Tudo mudou...

Ah...

Não há!

Ah...

Pior coisa não há!

Antes a solidão

a sofreguidão

Antes a maior dor

a vida incolor.

Desgosto senti,

Tristeza senti...

Ah...

Não há!

Ah...

Pior coisa não há!

Se eu soubesse

Amor nunca sentiria

Pior sentimento não é o amor

Mas o amor à revelia

o amor reprimido

o amor não correspondido

o amor que convivo.

Ah...

Não há!

Ah...

Pior coisa não há!

Antes não houvesse mudança

não houvesse esperança

Antes a mesmice

os atos de minha meninice.

Mas como meu amor é crônico

Irônico

Platônico

Sofro com ele até hoje.

Cada dia, mais e mais

Amor, por ela, eu sinto.

Remédio? Creio que não há.

Insistente moléstia!!!

Não consigo me livrar...

E ela?

Ah... dela não sei mais.

Anda por aí afora.

Só sei que nunca me olhou.

Não há

Pior coisa não há

E ela?

Dela não sei mais!

Só sei que foi capaz

De me intoxicar

Machucar

De me fazer amar!

Yan Azaf Gomer
Enviado por Yan Azaf Gomer em 06/02/2005
Reeditado em 31/01/2015
Código do texto: T3571
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