Voa Tanatã, voa.

Voa, voa Tanatã,

és livre para rasgar o vento.

O sol que fulge em toda manhã,

todos os dias é vida que está trazendo.

Voa, voa pássaro impertérrito,

com o teu coração desprovido de mácula.

Gorjeies teu canto hiperpoético,

para afastar qualquer tipo de mágoa.

Voa, voa Tanatã,

desvies das lufadas de inveja.

Não tornes tua liberdade vã,

pois és culpado do bem que não fizera.

Voa, voa pássaro donairoso,

que esparge amor quando assobia.

Ao enfeitares o céu tão carinhoso,

és descrito em versos de poesia.

Voa, voa Tanatã,

já é hora de construíres tua morada.

Da solidão tu não és nada fã,

então faças um ninho para tua amada.

Voa, voa pássaro sentimental,

Protejas-te do choro das nuvens do ar.

E outrossim dos raios do temporal,

e no recalmão estarás incólume para amar.

Voa, voa Tanatã,

o mais alto que tu puderes.

Com o teu corpo e a alma sã,

conquistarás o que tu quiseres.

Voa, voa pássaro sonhador,

pois quem não sonha não vive.

E se queres pousar longe da dor,

peça a Deus que te ilumine.