Poetamos

Tua sombra que a sondar me assombra

Quando desprovida vago eu por tórridos jardins

Corrompendo máscaras

Destoando dores

A divagar me impele

Logo nua de pele excedida em cores

Rubramente inteira febril fendo a noite

Num cárcere de almas apenas pincelando sonhos

Almejando tempo amado e maldito

Insensatez de torpe mecanizada

E badalada e cuspida

Impelida ao meu corpo e a minha sorte...

Sonolenta já sem algum destino

Sua imagem invertida e libertina

Em banquete de dúbia felicidade

Vem a mim e em afagos beija-me a fronte

Não resistindo com as almas já burladas

A prosear poetamos.

Rosameirelles
Enviado por Rosameirelles em 30/11/2016
Código do texto: T5839743
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.